segunda-feira, 19 de maio de 2014

EUFEMISMO



EUFEMISMO


O que é Eufemismo:


Eufemismo é um tipo de linguagem que substitui um termo, ou uma expressão rude, por outro mais suave e agradável, para que a pessoa não se ofenda. O eufemismo tem o objetivo de suavizar uma palavra ou expressão.

O eufemismo é muitas vezes utilizado com um sentido pejorativo e inadequado, geralmente em frases que se referem à morte. Frases como "Ir para a terra dos pés juntos", "Comer capim pela raiz", "Vestir o paletó de madeira", são eufemismos e são indelicadas ao mesmo tempo.

O eufemismo também pode ter um caráter cômico, geralmente presente em expressões populares. Porém, como diz a própria definição, não deve ser usado quando o assunto é mais polêmico ou de grande impacto, como a morte, pois acaba perdendo a sua função.

Frases com exemplos de eufemismo
"Você é desprovido de beleza." (Para não chamar a pessoa de feia)

"Você faltou com a verdade." (Para não chamar o indivíduo de mentiroso)

"Ele virou uma estrelinha." (Em vez de morreu)

"Ele subtraiu o celular do idoso no ônibus." (Em vez de dizer que roubou)

"Ele vivia de caridade pública." (Para não falar esmolas)

"Ele foi morar junto com Deus." (Para não falar que morreu)


EUFEMISMO

Eufemismo é uma figura de estilo que emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão.
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou);
Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado);
José passou desta para melhor. (morreu).

O eufemismo costuma representar expressão de um grupo, às vezes com certa comicidade na intenção do falante, mas também serve para amenizar uma notícia mais trágica, por exemplo.


Observe como o eufemismo funciona na hora da escolha do título para o documentário nos quadrinhos a seguir:




A origem da palavra “eufemismo” revela sua funcionalidade: do grego eu = agradável, bom, e pheme = palavra, formou-se euphémein que significa “pronunciar palavras agradáveis”. Daí a escolha pelo título mais sutil do personagem dos quadrinhos, tornando-o menos chocante, mas mantendo o sentido inalterado.

Na frase do poeta Mário Quintana, podemos observar o eufemismo na definição da palavra mentira:

"A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer." [Mário Quintana]


EXERCÍCIO
(UERJ) TEXTO II
Já dois anos se passaram longe da pátria. Dois anos! Diria dois séculos. E durante este tempo tenho contado os dias e as horas pelas bagas do pranto que tenho chorado. Tenha embora Lisboa os seus mil e um atrativos, ó eu quero a minha terra; quero respirar o ar natal (...). Nada há que valha a terra natal. Tirai o índio do seu ninho e apresentai-o d’improviso em Paris: será por um momento fascinado diante dessas ruas, desses templos, desses mármores; mas depois falam-lhe ao coração as lembranças da pátria, e trocará de bom grado ruas, praças, templos, mármores, pelos campos de sua terra, pela sua choupana na encosta do monte, pelos murmúrios das florestas, pelo correr dos seus  rios. Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa: ela tentará reverdecer, mas cedo pende e murcha, porque lhe falta o ar natal, o ar que lhe dá vida e vigor. Como o índio, prefiro a Portugal e ao mundo inteiro, o meu Brasil, rico, majestoso, poético, sublime. Como a planta dos trópicos, os climas da Europa enfezam-me a existência, que sinto fugir no meio dos tormentos da saudade.
(Abreu, Casimiro de. Obras de Casimiro de Abreu. Rio de Janeiro: MEC, 1955.)
A "hipérbole" é uma figura de linguagem empregada quando há intenção de engrandecer ou diminuir exageradamente a verdade das coisas, dos fatos.  A alternativa em que se usa a hipérbole como conotação do sofrimento do narrador do texto II, pela duração de sua permanência fora do Brasil, é:
a) "Já dois anos se passaram longe da pátria."
b) "Já dois anos se passaram longe da pátria. Dois anos!"
c) "Diria dois séculos."
d) "E durante este tempo tenho contado os dias e as horas..."
Comentário: A resposta é a letra C. O eu lírico, por estar afastado de sua pátria, considera dois anos um tempo muito longo, que pode ser comparado a dois séculos.


2) Em “Naquele terrível desastre, muitos adormeceram para sempre”, há:
a) antítese     b) ironia    c) eufemismo    d) hipérbole


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